Regras ortográficas da língua portuguesa.

 Regra Ortográficas 

agosto 03, 2022

Emprego do Z e S


1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical. Exemplos:


análise- analisar catálise- catalisador

casa- casinha, casebre liso- alisar


2) Nos sufixos –ês, -esa, -isa e –ose, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. Exemplos:


burguês- burguesa inglês- inglesa

chinês- chinesa

profeta – profetisa


milanês- milanesa

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3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa, indicando abundância ou estado pleno. Exemplos:


catarinense gostoso– gostosa amoroso– amorosa

palmeirense gasoso– gasosa teimoso– teimosa

 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose. Exemplos:


catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose


5) Após ditongos. Exemplos:


Coisa, pouso, lousa, náusea, faisão, etc.


6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados. Exemplos:


pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos


quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos


repus, repusera, repusesse, repuséssemos


7) Devemos empregar “são” em substantivos derivados de verbos terminados em: “ender”, “verter”, “pelir” e “ndir”. Exemplos:

Apreender, apreensão; Ascender, ascensão; compreender, compreensão; distender, distensão; estender, extensão; pretender, pretensão; suspender, suspensão;subverter, subversão; repelir, repulsão; fundir, fusão, etc.

8) Nos seguintes vocábulos:


abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.


Emprego do Z 


1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical. Exemplos:


deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar

raiz- enraizar cruz-cruzeiro

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos. Exemplos:


inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez

frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos. Exemplos:


civilizar– civilização hospitalizar– hospitalização

colonizar– colonização realizar– realização


Emprego do J e G


Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:


gesso: Origina-se do grego gypsos

jipe: Origina-se do inglês jeep.

Emprega-se o G:


1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem


Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem


Exceção: pajem


2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio


Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio


3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g


Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)4) Nos seguintes vocábulos:


algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.

Emprega-se o J:


1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear


Exemplos:


arranjar: arranjo, arranje, arranjem 

despejar:despejo, despeje, despejem 

gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando

enferrujar: enferruje, enferrujem 

viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)


2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica


Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji


3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j


Exemplos:


laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira

cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar

4) Nos seguintes vocábulos:


berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento



Emprego do X e CH


Emprega-se o X:

1) Após um ditongo.


Exemplos: caixa, frouxo, peixe

Exceção: recauchutar e seus derivados

2) Após a sílaba inicial "en".


Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca

Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"


Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)

3) Após a sílaba inicial "me-".


Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão

Exceção: mecha

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.


Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu

5) Nas seguintes palavras:


bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.

Emprega-se o dígrafo Ch:

1) Nos seguintes vocábulos:


bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.



Emprego do H


O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrita do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:


a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.

     homem, higiene, honra, hoje, herói.


b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. 

      Oh! Ah!


c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:

- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. 

     super-homem, pré-história.


- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.

    Passarinho, palha, chuva



Palavras e Expressões que oferecem dificuldades

A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer dizer correto, e "grafo", por sua vez, que significa escrita.


Ela se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as partes que compõem a gramática.

Comprimento (tamanho): cumprimento (de cumprir ou cumprimentar)

Descrição (descrever): discrição (de discreto)

Cavaleiro (de cavalos): cavalheiro (educado)


Outras regrinhas básicas da hortografia 

*porque*

E conjuntancão casual ou explicava ele não foi ~por que~ você não foi? 


*por que*

Em frases interrogativas diretas ou indiretas ~por que~ você não foi?


*porquê*


E forma substantivada (antecedida de determinativo artigos "o" "um" ou pronomes,"este" "aquele" ninguém entendeu aquele ~porquê~ 


Por quê 

Antes de pausa,no fim de frase você não estudou ~por quê~


Paranomios e Homônimos

Parônimos e Homônimos


Parônimos e Homônimos


Parônimos: são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia ou na pronúncia.

“Estória” é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados diferentes. Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a uma exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas; já quando dizemos que fizemos prova de história, nos referimos a dados históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhas.


Ambas as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Porém, atualmente, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é recomendável usar a grafia “história” para denominar ambos os sentidos.


Outros exemplos:


Flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)

Mandado (ordem judicial) / mandato (procuração)

Inflação (alta dos preços) / infração (violação)

Eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)

Arrear (pôr arreios) / arriar (descer, cair)

 

Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.

Acender (pôr fogo) / ascender (subir)

Estrato (camada) / extrato (o que se extrai de)

Bucho (estômago) / buxo (arbusto)

Espiar (observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)

Tachar (atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa)

Por Marina Cabral

Especialista em Língua Portuguesa e Literatura



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